CAMISINHA:
Mesmo que muitas coisas já tenham sido ditas sobre o seu uso,
as pessoas ainda são resistentes a fazerem da camisinha um hábito.
Ninguém vem com um rótulo de segurança máxima, assim, mesmo em
relações consideradas estáveis, seu uso é fundamental na prevenção de várias
doenças sexualmente transmissíveis, pois mesmo quando não há sintomas visíveis,
são potencialmente contagiosas. É certo que AIDS não tem cara. Se antes havia
grupo de risco, hoje não há mais. Atualmente o maior grupo de risco existente é
aquele que se acredita imune.
Temos por hábito esquecer que o parceiro tem passado e que as
doenças têm janelas imunológicas. Não podemos deixar de lado as consequências
do sexo desprotegido. Esse é um assunto de saúde pública. Há dúvidas sobre quem
batizou a camisinha. Há quem acredite que o nome condom é devido a uma
homenagem ao Dr. Quondam, que com bastante sucesso em 1685 inventou uma
camisinha com tripa de animal. Outros dados históricos mostram que o nome vem
do latim (condus) que significa receptáculo.
O certo é que a camisinha não é uma invenção nova. Aparece na
história da sexualidade antes mesmo de Cristo. Já foi feita de linho, de pele,
intestino de diferentes animais e de bexiga de cabra. A camisinha de tripa de
boi, por exemplo, foi usada até 1870, quando foi fabricado o preservativo de
borracha pelo inglês Charles Goodyear: grossos, reaproveitados, pouco
aderentes, desiguais e caros. Pouco tempo depois, no final do século 19, o látex
surgiu, permitindo um aspecto mais fino e confortável, parecida com as que são
utilizadas hoje em dia. Na década de 60, acabou em desuso pela invenção do
anticoncepcional oral feminino, mas em 90 ele retorna devido à epidemia de
AIDS. Vale lembrar que as doenças venéreas recebem esse nome devido à crença
antiga de que era um castigo da deusa do amor, Vênus.
A forma de preservação contra elas mais conhecida e utilizada
é o preservativo de látex masculino capaz de formar uma barreira física entre o
pênis e a vagina. Eles podem ser lubrificados ou revestidos de espermicidas.
Existe uma variedade de marcas, tamanhos, cores e texturas. Com ele,
diferentemente dos outros métodos, os homens podem se encarregar na prevenção
de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e gravidez. Como é um método de
anticoncepção ocasional, seu uso pode ser interrompido em qualquer momento. Não
apresenta efeitos colaterais hormonais e há homens que garantem que ela ainda
ajuda a controlar a ejaculação.
Há também a opção da camisinha feminina: uma bolsa de
plástico com um anel leve e flexível em cada extremidade, que se adapta à
vagina, resguardando o colo do útero e genitália externa. Assim como a
masculina impede a passagem do esperma pelo do trato genital feminino e deve
ser usada somente uma vez.
Independentemente de amar e ser amado, é preciso ter
carinho consigo e usar camisinha. Ao compartilharmos afeto é essencial a
prevenção de qualquer mal. Sexo inconsequente e sem segurança é
irresponsabilidade com o outro e consigo.
É preciso deixar de lado o preconceito, e entender a
necessidade da conscientização e democratização do seu uso. Sexo é
responsabilidade e saúde. E para isso, algumas coisas não podem ser deixadas de
lado.
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